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Já há algum tempo as franquias ocupam uma posição importante no empreendedorismo brasileiro, ao apresentarem índices significativos durante toda a última década. Não é por acaso que, ano a ano, vem aumentando o número de pessoas interessadas em abrir uma franquia de sucesso ao invés de apostar em um empreendimento independente.

Aumento de faturamento, no número de unidades, na quantidade de marcas e a taxa de mortalidade são apenas alguns dos aspectos acompanhados de perto pelos aspirantes a franqueado neste processo de escolha de um negócio.

Informações que são disponibilizadas anualmente pela própria Associação Brasileira de Franchising (ABF) por meio do estudo Desempenho do Franchising Brasileiro: um documento que tem como objetivo apresentar a você, já franqueado ou futuro empreendedor, a evolução do setor no período analisado.

O levantamento mais recente é o Desempenho do Franchising Brasileiro 2015, divulgado em fevereiro pela ABF, que tem como principal destaque o aumento de 8,3% no faturamento em relação ao ano anterior – índice superior aos 7,7% verificados no relatório passado.

Confira a seguir esses e outros dados referentes ao franchising brasileiro no ano de 2015:

Faturamento

Entre os vários pontos analisados pela ABF, aquele que costumeiramente tem maior apelo é o faturamento do setor. Nada mais justo, já que se trata do principal indicador do sucesso: o quanto de dinheiro que foi gerado pelas quase 140 mil unidades em atividade no Brasil.

Em 2015, o faturamento das franquias brasileiras foi de R$ 139.593 bilhões: um número 8,3% maior que em 2014, quando foram gerados R$ 128.876 bilhões. O crescimento ficou dentro da projeção feita no relatório passado, que era de 7,5% a 9%.

A evolução do franchising brasileiro fica ainda mais evidente se analisado o aumento no faturamento nos últimos cinco anos. De 2010 para 2015, o crescimento foi de 83%: saltou de R$ 75,987 bilhões para R$ 139,593 bilhões.

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É apresentada também  a variação do faturamento por segmento, um gráfico em que é possível visualizar várias mudanças significativas por conta do desenvolvimento de cada setor e também da atual conjuntura socioeconômica do Brasil.

A área de Educação e Treinamento, aquela em que as franquias de escolas de idiomas estão inseridas, foi uma que teve crescimento menor do que em 2014: 8,7% contra 12%.

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Unidades

O aumento do faturamento está diretamente ligado a outra evolução importante verificada em 2015 pela ABF: o número de unidades franqueadas em todo o país. Afinal, com mais franquias, o aumento na movimentação torna-se uma consequência.

Segundo o que foi levantado pela ABF, o crescimento no número de unidades foi superior ao faturamento: 10,1%, passando de 125.641 em 2014 para 138.343 em 2015.

Esse índice foi superior à estimativa de aumento realizada na edição de 2014 do Desempenho do Franchising Brasileiro, quando foi projetado um aumento entre 9% e 10% para o ano seguinte.

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Quanto à representatividade de cada segmento neste número, foram as franquias de Veículos (27%) e de Acessórios Pessoais e Calçados (22%) que mais cresceram de um ano para outro.

O setor de Educação e Treinamento, por sua vez, teve um crescimento de 4%: 15.267, frente aos 14.732 anteriores.

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Em relação à distribuição dessas 138.343 unidades pelo país, o destaque ficou por conta do aumento no número de franquias no Nordeste: foi a região com a maior evolução, passando a contar com 15,3% dos empreendimentos brasileiros – contra 14,1% passados.

Por outro lado, a maior queda de representatividade foi verificada para a região Sudeste: passou de 58,8% para 57,1% em 2015.

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Com a nova distribuição das unidades, é possível verificar um aumento no número de municípios brasileiros que possuem pelo menos uma franquia em funcionamento.

Em 2015, foi atingido o número de 2.243 cidades atendidas, contra 2.108 contabilizadas em 2014. Ou seja, 40% dos municípios do país possuem franquias operando.

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Marcas

Se o número de unidades ficou acima do índice que havia sido previsto, a quantidade de novas redes franqueadoras/marcas não seguiu o mesmo ritmo e ficou abaixo das expectativas. Um dos motivos, claro, é a situação socioeconômica que vive o Brasil.

Apesar da ABF ter projetado um crescimento de 8% para 2015, o aumento foi de apenas 4,5%: passou de 2.942 para 3.073 redes.

Levando em consideração um período maior, podemos destacar que em cinco anos houve um aumento de 65% no número de marcas: 1.855 em 2010 contra as 3.073 atuais.

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A distribuição das redes franqueadoras pelo país manteve-se estável e constante em relação ao último estudo apresentado pela ABF. Centro econômico brasileiro, a região Sudeste foi a que teve maior crescimento: passou de 70,9% para 71,4%.

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Puxando essa evolução do Sudeste está o estado de São Paulo, que aumentou sua representatividade em relação às marcas do franchising nacional de 52,6% para 53,3%.

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Mortalidade

Mesmo com vários índices apresentando evolução, é natural que nem todos os empreendimentos deem certo. Apesar de os riscos serem menores que abrir uma empresa independente, eles ainda existem.

Desta forma, a ABF identificou que a taxa de fechamento de unidades durante o ano de 2015 foi de 4,4%. O índice é maior que o do ano anterior, quando 3,7% das franquias fecharam as portas.

Ainda assim, destaca-se, a quantidade de aberturas foi bastante superior e o saldo da variação de unidades foi positivo em 2015.

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Geração de empregos

Outra característica marcante das franquias é o potencial de geração de empregos, já que cada nova unidade acaba abrindo um determinado número de postos de trabalho. Quanto mais o franchising se desenvolve, mais profissionais estarão empregados.

De 2014 para 2015, mais de 90 mil novos postos foram criados em todo o país. Com isso, houve um crescimento de 8,5% no número de empregos diretos gerados pelas franquias: 1.189.785.

O potencial de geração de empregos das franquias fica ainda mais evidente se for comparada a evolução que houve em apenas cinco anos. Neste período, o aumento no número de postos de trabalho diretos foi de 53%: era de 777.285 em 2010 e saltou para os 1.189.785 atuais, conforme já citado.

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Projeções para as franquias em 2016

Considerando os índices de evolução do setor no ano de 2015 e também a situação socioeconômica do país, a ABF faz uma projeção de crescimento menor para o franchising brasileiro em 2016.

Em relação ao faturamento, por exemplo, a previsão para 2015 era de crescimento entre 7,5% e 9%. Na prática, houve um aumento de 8,3%: índice superior ao máximo esperado para o ano em vigência, entre 6% e 8%.

O número de unidades, que ficou acima da meta no ano passado, também tem uma previsão menor para 2016: entre 8% e 10%.

Mas foi o número de redes franqueadoras que sofreu maior redução de perspectiva, até pelo desempenho 44% inferior à projeção em 2015: 4,5%, contra os 8% previstos. Assim, para 2016 espera-se que o número de marcas aumente algo entre 4% e 6%.

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Com tudo isso, é possível concluir que o franchising brasileiro segue crescendo mesmo em época de crise econômica. Ainda que o cenário pareça totalmente desfavorável para a abertura de um negócio.

Nos últimos dez anos, as franquias tiveram um “boom” para atingirem o patamar que possuem hoje. Um processo que ainda não chegou ao fim, como demonstrado pelos números apresentados no Desempenho do Franchising Brasileiro 2015 e pelas projeções para o futuro.

Ou seja, com a escolha correta da franquia, um planejamento ordenado e uma gestão eficiente, certamente seu empreendimento fará parte das estatísticas de sucesso das próximas edições do estudo.


Mãos à obra e bons negócios!